A Mente Desperta: Como Otimizar Suas Ondas Cerebrais para Estados Superiores de Consciência

Viajo para Nova York com frequência e adoro assistir a musicais da Broadway. Quando O Livro de Mórmon estreou, fui um dos primeiros a comprar ingressos. A plateia riu o tempo todo. No final, o elenco foi aplaudido de pé.

De repente, os aplausos mudaram. Em vez de mil pessoas batendo palmas separadamente, todos começaram a bater palmas em ritmo. Palmas, palmas, palmas, palmas. As palmas rítmicas tornaram-se tão insistentes que os atores voltaram ao palco para um bis. As palmas comunicaram aprovação aos atores, e eles responderam com outra música.

Os neurônios do seu cérebro fazem algo semelhante. Eles disparam juntos em padrões rítmicos, comunicando-se entre si através do cérebro. Esses padrões são medidos em ciclos por segundo, ou Hertz (Hz). Imagine uma plateia batendo palmas lentamente. Essa é uma onda cerebral lenta, com milhões de neurônios disparando juntos lentamente. Imagine uma plateia batendo palmas rapidamente. Essa é uma onda cerebral rápida, com milhões de neurônios disparando juntos rapidamente.

Os EEGs atuais calculam padrões de ondas cerebrais de cada uma das diversas partes do cérebro. Normalmente, eles usam 19 eletrodos fixados na superfície do couro cabeludo.

Uma equipe de pesquisa observou: “Os cientistas estão tão acostumados a essas correlações do EEG com o estado cerebral que podem se esquecer de quão notáveis elas são... Um único eletrodo fornece estimativas da ação sináptica calculadas em massas de tecido contendo entre aproximadamente 100 milhões e 1 bilhão de neurônios” (Nunez & Srinivasan, 2006). Quando observamos mudanças nas ondas cerebrais em um EEG, isso indica que os padrões de disparo de bilhões de neurônios em nossos cérebros também estão mudando.

Há cinco ondas cerebrais básicas que são captadas por um EEG moderno.

Gama é a frequência mais alta das ondas cerebrais (40 a 100 Hz). É mais prevalente em momentos em que o cérebro está aprendendo, fazendo associações entre fenômenos e integrando informações de muitas partes diferentes do cérebro.

Um cérebro produzindo muitas ondas gama reflete uma organização neural complexa e uma consciência elevada. Quando monges foram solicitados a meditar sobre compaixão, grandes surtos de ondas gama foram encontrados em seus cérebros (Davidson & Lutz, 2008).

Eles foram comparados a meditadores novatos que haviam meditado uma hora por dia na semana anterior. Os novatos apresentaram atividade cerebral semelhante à dos monges. Mas quando os monges foram instruídos a evocar um sentimento de compaixão, seus cérebros começaram a disparar em coerência rítmica, como a plateia batendo palmas no musical O Livro de Mórmon .

As ondas gama medidas no cérebro dos monges foram as maiores já registradas. Os monges relataram ter entrado em um estado de êxtase. A gama está associada a níveis muito altos de função intelectual, criatividade, integração, estados de pico e sensação de "estar na zona". As ondas gama fluem da parte frontal para a parte posterior do cérebro cerca de 40 vezes por segundo (Llinás, 2014). Pesquisadores consideram essa onda oscilante como um correlato neural da consciência (NCC), um estado que liga a atividade cerebral à experiência subjetiva da consciência (Tononi & Koch, 2015).

Pesquisadores do cérebro falam sobre a amplitude de uma onda cerebral, e isso significa simplesmente o quão grande ela é. Uma alta amplitude de gama significa uma onda gama grande, enquanto uma baixa amplitude significa uma pequena. As medições de ondas cerebrais mostram picos e vales. A distância do pico ao vale é a amplitude. A amplitude é medida em microvolts, e as ondas cerebrais normalmente medem entre 10 e 100 microvolts, com as ondas mais rápidas, como a gama, tendo a menor amplitude.

Os estados de ondas cerebrais gama estão associados a muitas mudanças benéficas em nossos corpos. Uma frequência de 75 Hz é epigenética, ativando os genes que produzem proteínas anti-inflamatórias no corpo (De Girolamo et al., 2013). Na extremidade inferior do espectro gama, uma frequência de 50 Hz resulta no aumento da produção de células-tronco pelo corpo, as células "em branco" que se diferenciam em músculos, ossos, pele ou quaisquer outras células especializadas necessárias (Ardeshirylajimi & Soleimani, 2015). A frequência de 60 Hz regula a expressão de genes do estresse, aqueles que codificam hormônios do estresse, como o cortisol. A mesma frequência de ondas cerebrais também ativa um gene-chave chamado Myc, que por sua vez regula cerca de 15% de todos os outros genes do corpo (Lin, Goodman & Shirley-Henderson, 1994).

Ondas cerebrais de EEG da mais lenta para a mais rápida.

A próxima onda mais rápida é a beta (12 a 40 Hz). A beta é normalmente dividida em duas partes: beta alto e beta baixo. A beta alta é a sua mente de macaco. A beta alta (15 a 40 Hz) é a onda cerebral característica de pessoas com ansiedade, frustração e estresse .

Quanto mais estressadas as pessoas ficam, maior a amplitude do beta produzido por seus cérebros. Emoções negativas como raiva, medo, culpa e vergonha produzem grandes surtos de ondas beta na leitura do EEG.

Isso desativa as regiões cerebrais responsáveis pelo pensamento racional, tomada de decisões, memória e avaliação objetiva (LeDoux, 2002). O fluxo sanguíneo para o córtex pré-frontal, o "cérebro pensante", é reduzido em até 80%. Privados de oxigênio e nutrientes, a capacidade do nosso cérebro de pensar com clareza despenca.

O beta baixo é a banda que sincroniza as funções automáticas do nosso corpo, por isso também é chamada de frequência do ritmo sensório-motor, ou SMR (12 a 15 Hz).

O beta é necessário para o processamento de informações e para o pensamento linear, portanto níveis normais de estados de ondas cerebrais beta são bons.

Alfa (8 a 12 Hz) é um estado ideal de alerta relaxado. Alfa conecta as frequências mais altas — a mente pensante de beta e a mente associativa de gama — com as duas ondas cerebrais de frequência mais baixa, que são teta (4 a 8 Hz) e delta (0 a 4 Hz).

Acontece que o alfa também faz bem ao nosso corpo. Ele melhora nossos níveis de neurotransmissores que melhoram o humor, como a serotonina. Quando o nível de ondas cerebrais alfa aumentou em um grupo de praticantes de exercícios, eles obtiveram um aumento nos níveis de serotonina e seu estado emocional melhorou (Fumoto et al., 2010). Em outro estudo, meditadores zen obtiveram os mesmos benefícios ao cultivar um estado alfa (Yu et al., 2011).

Um estudo pioneiro expôs o DNA a diversas frequências de ondas cerebrais. Constatou-se que a frequência alfa de 10 Hz resultou em um aumento significativo na síntese da molécula de DNA (Takahashi, Kaneko, Date e Fukada, 1986).

Theta é característico do relaxamento profundo e do sono leve. Quando sonhamos vividamente, nossos olhos se movem rapidamente e nosso cérebro está principalmente em teta. Essas ondas cerebrais são a frequência do sono REM (movimento rápido dos olhos). Teta também é a frequência dominante em pessoas sob hipnose, curandeiros, pessoas em transe e pessoas em estados de consciência altamente criativos (Kershaw & Wade, 2012). A lembrança de experiências emocionais, tanto boas quanto ruins, pode desencadear teta.

É a frequência mais comumente observada em curandeiros. Becker (1990) descobriu que, quando os curandeiros estavam no meio de uma sessão de cura energética, teta era a onda mais comum em seus cérebros.

Theta está associado a muitas mudanças benéficas no corpo. Um grupo de pesquisadores estudou o efeito de várias frequências no reparo do DNA. Eles descobriram que campos eletromagnéticos entre 7,5 Hz e 30 Hz foram capazes de aumentar a ligação molecular (Tekutskaya, Barishev & Ilchenko, 2015). Dentro dessa faixa, 9 Hz se mostrou a mais eficaz.

A frequência mais lenta é a delta. Delta é característica do sono profundo. Amplitudes muito altas de delta também são encontradas em pessoas que estão em contato com a mente não local, mesmo quando estão bem acordadas. Os cérebros de meditadores, intuitivos e curandeiros têm muito mais delta do que o normal.

Os olhos de pessoas em sono profundo sem sonhos não se movem. As ondas Delta também predominam nesse sono de movimento ocular não rápido (NREM).

Delta é a onda que observamos em leituras de EEG quando as pessoas têm uma sensação de conexão com o infinito. Elas normalmente relatam experiências místicas nas quais o eu local se funde com o eu não local. Meditadores com grandes amplitudes de delta sentem-se conectados com toda a natureza, com outros seres humanos e com o infinito. Eles perdem a sensação de ser um indivíduo isolado, ou o que Albert Einstein chamou de ilusão da separação. Em vez disso, vivenciam a unidade com tudo o que existe.

Quando nossos cérebros produzem delta, estamos banhando nossas células em uma frequência que tem o potencial de produzir uma gama completa de mudanças fisiológicas benéficas em nível celular, desde o crescimento de nossos telômeros e o aumento dos níveis de hormônio do crescimento até a regeneração de nossos neurônios e a limpeza de nosso cérebro com placas beta-amiloides. Não estamos apenas tendo uma experiência subjetiva agradável; no estado delta, estamos criando um ambiente energético objetivo no qual nossos corpos prosperam.

O pioneiro do EEG, Maxwell Cade, observou que o alfa, no meio da faixa de frequências, forma uma ponte entre as duas frequências altas, beta e gama, e as duas frequências baixas, teta e delta (Cade & Coxhead, 1979). As habilidades de biofeedback e neurofeedback concentram-se em ensinar as pessoas a entrar em um estado alfa. O estado ideal é alfa suficiente para conectar todos os outros ritmos cerebrais. O beta alto é minimizado, de modo que há muito pouca ansiedade e "mente de macaco". Há uma quantidade equilibrada de gama e teta, e uma ampla base de delta.

Biofísico, Cade trabalhou com radares para o governo britânico antes de se dedicar à medição de estados de consciência. Ele desenvolveu sua própria máquina, o "espelho mental", em 1976. Ele é único entre os aparelhos de EEG por fornecer um instantâneo visual claro das ondas cerebrais.

Sua aluna Anna Wise descreveu a máquina da seguinte forma: “O que diferencia o Espelho Mental de outras formas de eletroencefalografia foi o interesse, por parte de seu criador, não em estados patológicos (como no caso de dispositivos médicos), mas em um estado ótimo chamado Mente Desperta. Em vez de medir indivíduos com problemas, o inventor do Espelho Mental buscou as pessoas mais desenvolvidas e espiritualmente conscientes que pôde encontrar. Na oscilação de suas ondas cerebrais, ele e seus colegas encontraram um padrão comum, fosse o indivíduo um iogue, um mestre zen ou um curandeiro.”

Usando o espelho mental, por mais de 20 anos, Cade registrou os padrões de ondas cerebrais de mais de 4.000 pessoas com fortes práticas espirituais. Ele descobriu que o estado da Mente Desperta era comum nesse grupo. Cade também notou outra semelhança: todos eles tinham altas quantidades de ondas cerebrais alfa. Como observado, as ondas alfa estão bem no meio do espectro, com beta e gama acima, e teta e delta abaixo. Quando alguém no estado da Mente Desperta tem muito alfa, isso cria uma ligação entre as altas frequências das ondas cerebrais acima e as baixas frequências abaixo. Cade chamou isso de ponte alfa, porque ela conecta as frequências da mente consciente de beta com as frequências da mente subconsciente e inconsciente de teta e delta. Isso permite um fluxo de consciência, integrando todos os níveis da mente.

Cade escreveu: “O despertar da consciência é como despertar gradualmente do sono e se tornar cada vez mais vividamente consciente da realidade cotidiana — só que é da realidade cotidiana que estamos despertando!” (Cade & Coxhead, 1979).

Desenvolvi um método de meditação chamado EcoMeditação, que é muito simples, mas que consegue, de forma consistente e automática, trazer as pessoas para o padrão de EEG da Mente Desperta. A EcoMeditação utiliza a técnica de EFT para remover obstáculos ao relaxamento. Em seguida, ela conduz você por uma série de exercícios simples de relaxamento físico que enviam sinais de segurança ao cérebro e ao corpo. Não se baseia em crenças ou filosofias; em vez disso, baseia-se no envio de sinais fisiológicos ao corpo que produzem estados de consciência profundamente relaxados automaticamente. As instruções são gratuitas em EcoMeditation.com .

Durante a EcoMeditação, também observamos muitas ondas cerebrais delta. Delta é onde nos conectamos com muitos recursos além do eu local. Como observado, pessoas em estados de transe, assim como curandeiros, artistas, músicos e intuitivos, tendem a ter bastante delta.

Pessoas em transe criativo, como um compositor fazendo música ou uma criança brincando, geralmente apresentam muitas ondas delta. Perdem toda a consciência do mundo exterior à medida que se absorvem em sua criatividade. A maioria delas está em delta, com um pouco de teta e alfa, e apenas beta suficiente para funcionar (Gruzelier, 2009).

Tem sido fascinante para mim conversar com pessoas cujos estados de ondas cerebrais apresentam uma alta amplitude de ondas delta durante a meditação. Elas relatam experiências transcendentais. Descrevem a sensação de se sentirem em unidade com o universo, uma sensação requintada de harmonia e bem-estar (Johnson, 2011). Albert Einstein se referiu a isso como um estado expansivo de consciência no qual "abraçamos todas as criaturas vivas e toda a natureza". Cientistas também podem ser místicos!

Os campos energéticos das ondas cerebrais e a matéria das vias neurais estão em constante evolução. Quando os estados de consciência mudam, as ondas cerebrais mudam e diferentes vias neurais são ativadas.

Os extremos são amor e medo. Quando estamos em estado de medo, nossa ponte alfa desaparece. Podemos ainda ter teta e delta, mas estamos isolados dos recursos do nosso subconsciente e de sua conexão com o todo universal. Ondas beta inundam o cérebro medroso. Ele está em modo de sobrevivência.

Quando estamos em estado de êxtase, nossos cérebros exibem o padrão da Mente Desperta. Um passo além, eles também podem migrar para um padrão simétrico que Cade chamou de Mente Evoluída. Como nossa consciência está repleta de amor, nossos cérebros funcionam de forma muito diferente, com grandes quantidades de teta e delta, além de uma ponte alfa para conectar nossa mente consciente com a subconsciente.

Emoções criam estados cerebrais. As ondas cerebrais medem os campos gerados pela consciência. A passagem de sinais pelos feixes neurais envolvidos pelo amor, alegria e harmonia cria um campo energético característico (Wright, 2017). Ao monitorar os cérebros de pessoas praticando EcoMeditação, a especialista em EEG Judith Pennington observou que "os padrões teta e delta evoluíram do estado de Mente Desperta para o estado de Mente Evoluída".

As emoções também criam neurotransmissores. Entre eles estão a serotonina, a dopamina, as endorfinas, a ocitocina e a anandamida (Kotler & Wheal, 2017). A serotonina está associada à satisfação e a dopamina à sensação de recompensa. As endorfinas bloqueiam a dor e aumentam o prazer. A ocitocina é o "hormônio da ligação" e estimula sentimentos de proximidade e intimidade com os outros. A anandamida é chamada de "molécula da felicidade" e seu nome vem da palavra sânscrita para felicidade. Ela se liga aos mesmos receptores no cérebro que o THC, a principal molécula psicoativa da maconha. Quando a mente muda, ela cria fatos moleculares na forma desses neurotransmissores. À medida que eles inundam nossos cérebros, nos sentimos satisfeitos, seguros, unidos, felizes e serenos. Quando nossas mentes entram em estados emocionais elevados, estamos literalmente ficando chapados — com drogas produzidas por nossos corpos.

Quando meditamos, fazemos tapping (EFT), usamos outra forma de psicologia energética ou alteramos nossa consciência de alguma forma, o cérebro muda rapidamente. O cérebro pode ser intencionalmente alterado pela mente, especialmente pelo que é conhecido como treinamento da atenção (Schwartz & Begley, 2002). A verdadeira transformação reestrutura as vias neurais. Eventualmente, todo o estado do cérebro muda e estabelece um novo e saudável nível de homeostase.

Uma equipe de pesquisa observa que “um número crescente de estudos na literatura de neuroimagem corrobora significativamente a tese de que... com treinamento e esforço adequados, as pessoas podem alterar sistematicamente os circuitos neurais associados a uma variedade de estados mentais e físicos que são francamente patológicos” (Schwartz, Stapp e Beauregard, 2005). Podemos pegar nossas redes cerebrais disfuncionais e alterá-las com nossas mentes.

Não são apenas místicos e curandeiros que produzem grandes pontes alfa e surtos de ondas cerebrais teta quando estão em estados de êxtase. Grupos para os quais o alto desempenho é fundamental estão descobrindo que ajustar o cérebro dessa forma produz grandes saltos de desempenho. Os SEALs da Marinha dos EUA precisam operar com eficácia em condições de combate que mudam rapidamente. Usando milhões de dólares em equipamentos avançados de EEG em uma "Academia da Mente" especialmente construída em Norfolk, Virgínia, eles aprendem a entrar em um estado que chamam de êxtase (Cohen, 2017). Assim que "ligam o interruptor" para o êxtase, seus cérebros entram em um estado de fluxo, uma realidade alterada na qual o superdesempenho se torna possível. Outros profissionais de alto desempenho, como advogados de elite em tribunais, atletas olímpicos e executivos do Google, também se treinam para entrar em êxtase.

As características desses estados de fluxo são descritas no livro "Stealing Fire" (Kotler & Wheal, 2017). Entre elas estão o altruísmo e a atemporalidade. Pessoas em êxtase transcendem os limites da mente local. Leituras de EEG mostram que o córtex pré-frontal de seus cérebros, a sede do senso de identidade, se desliga. A tagarelice mental em ondas beta cessa. Elas se distanciam das obsessões ansiosas da mente local. Sua química interna muda à medida que neurotransmissores do "bem-estar", como serotonina, dopamina, anandamida e ocitocina, inundam seus cérebros.

Nesse estado, eles ganham uma perspectiva não local . Estão abertos a uma gama infinita de opções e resultados possíveis. O eu, em vez de ficar preso a uma realidade local fixa e limitada, é capaz de experimentar diferentes possibilidades. Isso "elimina os filtros que normalmente aplicamos às informações recebidas", levando a saltos associativos que facilitam a resolução de problemas e a supercriatividade. Kotler e Wheal (2017) revisam a pesquisa sobre os ganhos de desempenho produzidos por esses estados de ondas cerebrais. Estes incluem uma melhora de 490% no foco mental, uma duplicação da criatividade e um aumento de 500% na produtividade.

Os neurocientistas com quem trabalhei instruíram meditadores experientes a fornecer sinais predefinidos durante a meditação, como bater o dedo indicador três vezes ao sentir a experiência de unidade. Podemos registrar esse ponto no EEG. Isso nos permitiu correlacionar a experiência interna deles com os estados cerebrais.

Durante o êxtase, seja nos relatos antigos de Tukaram ou nas experiências modernas dos Navy SEALs, as pessoas vivenciam experiências comuns. Estas estão ligadas a neurotransmissores: entrar em um estado de êxtase (anandamida), uma sensação de desapego do corpo que encapsula o eu local (endorfinas), a ligação do eu local com o universo não local (ocitocina), a serenidade (serotonina) e a recompensa de ser transformado pela experiência (dopamina).

Essas são as características de mentes aprimoradas, e agora temos EEGs e ensaios de neurotransmissores para medir as mudanças que produzem na matéria. No passado, estados de êxtase eram alcançáveis apenas por místicos, e isso levava décadas de estudo, prática rigorosa, disciplina ascética e iniciação espiritual. Hoje, "sabemos os ajustes precisos no corpo e no cérebro que nos permitem recriá-los para nós mesmos" à vontade; a tecnologia está nos fornecendo "uma versão resumida de... como encontrar o divino" (Kotler & Wheal, 2017). Hoje, os humanos de mais alto desempenho nas áreas de esportes, negócios, combate, ciência, meditação e arte os induzem rotineiramente. Amanhã, à medida que mapearmos a fisiologia desses estados e transformarmos o êxtase em uma habilidade aprendível, eles estarão disponíveis para todos.

Trecho extraído com permissão de " Mind to Matter: The Astonishing Science of How Your Brain Creates Material Reality", de Dawson Church, Ph.D. Disponível online em hayhouse.com e Amazon.com.

Sobre os autores

Dawson Church, Ph.D., é um autor premiado cujo livro best-seller, "The Genie in Your Genes", foi aclamado pela crítica como um avanço em nossa compreensão da ligação entre emoção e genética. Ele fundou o Instituto Nacional de Saúde Integrativa para estudar e implementar técnicas psicológicas e médicas baseadas em evidências. Sua pesquisa inovadora foi publicada em periódicos científicos de prestígio. Ele compartilha como aplicar os avanços da psicologia energética à saúde e ao desempenho atlético por meio do EFT Universe, um dos maiores sites de medicina alternativa da internet. Saiba mais em eftuniverse.com e dawsonchurch.com.