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Diretor da ESA: Polônia será líder em algumas áreas da indústria espacial.

Diretor da ESA: Polônia será líder em algumas áreas da indústria espacial.

A Polônia será líder em certas áreas da indústria espacial no futuro, afirmou Josef Aschbacher, diretor da Agência Espacial Europeia (ESA), à Agência de Imprensa Polonesa (PAP). Ele acrescentou que a ESA terá prazer em ajudar a Polônia a estabelecer o Centro de Operações de Satélites, anunciado pelo primeiro-ministro Donald Tusk.

Como observou o Diretor-Geral da ESA em entrevista à PAP, a Polônia encontra-se atualmente em fase de transição, passando de um país "relativamente novo" nas estruturas da ESA para um país "maduro" e um ator importante no setor espacial europeu. "A Polônia é membro da ESA há 13 anos e, durante esse período, ajudamos o país a construir excelência industrial no setor espacial. Agora, estamos em diálogo com as autoridades polonesas, incluindo o Ministro das Finanças, Andrzej Domański, responsável pelo setor espacial, sobre as soluções mais benéficas para a Polônia que poderiam ser alcançadas por meio de investimentos na ESA", afirmou o Dr. Aschbacher.

Na opinião dele, a decisão de enviar Sławosz Uznański-Wiśniewski para a Estação Espacial Internacional foi "muito sábia". "Gerou muito interesse na sociedade polonesa, especialmente entre os jovens. Acho que é um bom passo para garantir que as pessoas mais talentosas queiram estudar e trabalhar na Polônia, e que a Polônia se torne líder em tecnologias avançadas, particularmente na indústria espacial", disse o diretor da ESA.

Ele acrescentou que também estão em curso "conversas construtivas" com o governo polonês sobre a criação de um centro da Agência Espacial Europeia na Polônia, mencionado pelo primeiro-ministro Donald Tusk em julho. "As conversas estão em um estágio muito inicial. Compreendo a ambição da Polônia de estabelecer um centro aqui com foco em segurança e defesa. Apoio fortemente essa iniciativa e posso garantir que estamos trabalhando intensamente juntos para determinar como esse centro poderia ser", disse a fonte à PAP.

O Dr. Aschbacher considerou importantes os planos para a criação de um Centro de Operações de Satélites, anunciados pelo Primeiro-Ministro Tusk no domingo, no contexto da possível instalação de um centro da ESA na Polônia. "Acho que este é um passo extremamente importante e um forte sinal político, e agradecemos o anúncio. Já sugeri à minha equipe que entremos em contato com o governo polonês para estabelecer uma estrutura de cooperação para este assunto. Terei muito prazer em ajudar a Polônia a estabelecer um Centro de Operações de Satélites, mas tudo ainda está em um estágio muito inicial", observou o diretor da ESA.

Na opinião dele, a participação da Polônia nas atividades da ESA é ainda mais importante agora, visto que as ambições da Europa relacionadas ao espaço estão crescendo. "A Europa tem capacidades excelentes. Temos os melhores especialistas, muitos dos melhores cientistas trabalham na Europa. Nossa indústria espacial – tanto grandes quanto pequenas empresas – é realmente excelente e fornece tecnologias incríveis", enfatizou o Dr. Aschbacher.

Ele admitiu, no entanto, que a Europa está atrás dos maiores atores do mercado espacial, incluindo os EUA, a China e a Índia. Ele lembrou as palavras do ex-secretário-geral da OTAN, Anders Rasmussen, em Bruxelas esta semana, dizendo que a Europa está muito hesitante e não tem coragem para avançar. "Concordo com ele", disse.

O diretor Aschbacher mencionou que os Estados Unidos, por exemplo, investem seis vezes mais no mercado espacial do que a Europa, e 60% dos gastos públicos globais com o setor vêm dos Estados Unidos. "A Europa representa apenas 10% desse investimento, embora os países membros da ESA, em conjunto, representem mais de 20% do PIB global. O risco é alto: se a Europa não investir adequadamente no espaço, corremos o risco de perder nossos melhores profissionais, nossas melhores empresas e nossa melhor expertise para os EUA, os Emirados Árabes Unidos ou o Japão", alertou.

Na opinião dele, o uso do espaço na área da defesa é particularmente importante. "Satélites de inteligência, vigilância e reconhecimento, tecnologias que garantem comunicações e navegação seguras para fins de defesa e civis – tudo isso é crucial na atual conjuntura geopolítica", enfatizou o Dr. Josef Aschbacher.

Ele acrescentou que o espaço já faz parte da guerra. "A guerra na Ucrânia começou no espaço antes mesmo de acontecer na Terra. Um dia antes da invasão, a Rússia interferiu nos satélites de telecomunicações para impedir que as forças ucranianas se comunicassem adequadamente. Essas atividades, sem dúvida, se intensificarão, e a Europa deve se preparar para isso", argumentou.

O Dr. Aschbacher identificou o maior desafio para a ESA como sendo o fato de os países europeus ainda não reconhecerem a importância do espaço para a segurança e a economia. "O investimento adequado no setor espacial será uma das questões mais importantes discutidas na reunião do Conselho Ministerial da ESA. A Europa não pode se dar ao luxo de perder seu futuro no espaço", observou o Diretor da ESA, Josef Aschbacher.

O Conselho Ministerial, que contará com a presença de representantes dos 23 Estados-Membros da ESA, dos Membros Associados e do Canadá (que possui estatuto de país cooperante), reunir-se-á nos dias 26 e 27 de novembro em Bremen, na Alemanha. O Diretor Aschbacher afirmou que o principal ponto da agenda será a aprovação de um pacote de projetos e programas da ESA no valor aproximado de 22 mil milhões de euros.

Anna Bugajska (PAP)

Ciência na Polônia

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