Penhascos íngremes, rochas vulcânicas e enseadas secretas: caminhadas em Belle-Ile, na “GR 340”

História: A trilha costeira que circunda a maior ilha da Bretanha foi coroada a trilha de caminhada de longa distância favorita dos franceses. Uma jornada alegre e atlética em harmonia com os elementos, com um ganho de elevação de 2.800 metros.
Por Dominique Nora
Na comuna de Sauzon, residência de verão de Sarah Bernhardt. FRANCIS LEROY/HEMIS
Para ir mais longe
"Quem vê Belle-Île, vê sua ilha; quem vê Groix, vê sua alegria; quem vê Ouessant, vê seu sangue." Chateaubriand havia adotado esse ditado bretão em suas "Mémoires d'outre-tombe" para expressar o apego que a maior ilha bretã inspira em cada novo visitante. Claude Monet, que ali executou algumas de suas mais belas pinturas, falou de "uma região soberba de natureza selvagem, um amontoado de rochas terríveis e um mar improvável de cores". Belle-Île-en-Mer, da qual eu só havia tido um vislumbre até então, também povoava minhas fantasias de caminhante. Assim, em meados de junho, ataquei esta famosa "GR 340", uma trilha costeira de aproximadamente 85 quilômetros, que os franceses distinguiram em 2022 como sua "trilha de caminhada de longa distância" favorita.
A aventura exige alguma preparação: você precisa pegar o trem para Auray, depois um ônibus ou – no verão – o trenzinho "saca-rolhas" (para evitar engarrafamentos) que percorre a península até Quiberon; por fim, o barco, que chega em menos de uma hora ao porto de Palais. Também é fundamental reservar todas as suas acomodações e jantares, pois acampamentos, casas de campo, aluguéis de temporada e restaurantes são...
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